quarta-feira, março 31, 2004

Dia 1 de Abril

Festa no Mercado (Rua das janelas Verdes)

Ve só o que te espera...



segunda-feira, março 29, 2004

Uma ponte para o Nobel…

Estranho Mundo este em que vivemos…



Apesar de sermos um país onde tudo é possível, existem situações que não deixam de causar espanto.

Na mesma semana, descobrimos que:
1. A queda da ponte Hintze Ribeiro deveu-se ao mau tempo “causas naturais”.

2. Vivemos num Mundo em que “A democracia Ocidental está ferida de morte”.

É estranho!

Pensar que a queda da ponte se deveu a “causas naturais” deixa-me preocupado. Não sei o que pode um dia acontecer em qualquer estrada deste país!
Ao relembrar as imagens passadas nas diferentes estações televisivas, em que era visível o estado de degradação dos diferentes pilares de sustentação da ponte, fico sem perceber de quem é realmente a responsabilidade da queda da ponte… Será este um verdadeiro estado de direito democrático?

No mesmo dia, descubro que vivemos numa sociedade que tem o fim da sua democracia anunciada. Talvez sejam os “pilares desta democracia” que se encontram danificados. Na visão do mais recente Nobel português, a democracia ocidental está ferida de morte.

Depois de ver uma ponte ruir, será a vez da democracia?

Não me parece!
Se bem que o sistema democrático ocidental não seja perfeito, como o comprova o facto de ninguém ser imputável pela queda de uma ponte, num país onde todos conhecem os seus direitos, responsabilidades e obrigações. O facto de nos exprimirmos livremente não deixa de ser uma conquista da democracia. Apesar de todos os interesses económicos instalados, um pedido no sentido de todos os eleitores votarem em branco nas próximas eleições, não deixa de ser caricato. Será esta a visão de democracia que nos querem transmitir? Todos por um voto igual… Não estaremos logo aí a perder aquilo que de melhor nos trouxe a democracia: A Liberdade de escolha! A Liberdade de opinião!

Mesmo ferida de morte, somos nós que a devemos salvar. Olhando para o restante panorama internacional a Democracia Ocidental deve ser mais do que nunca um símbolo de vitalidade. Aquilo que lhe devemos pedir é uma melhor formação pessoal. Só assim todos poderemos perceber quais as melhores opções de um País para o Mundo.

«Se podes olhar, vê»

sexta-feira, março 26, 2004

Olá Mãe...

Beijinhos, espero que continues a ser uma leitora assídua.

quinta-feira, março 25, 2004

Propinas

Uma manifestação?

Uma manifestação anti propinas, nesta altura, apenas denota que a comunidade universitária vive dias confusos.

A perda de independência política das associações universitárias origina situações caricatas como a que ontem vivemos em Lisboa.
Uma manifestação condenada ao fracasso.

A maioria dos estudantes universitários está contra a manifestação!
A maioria dos estudantes é a favor do pagamento de propinas!


A forma como são escalonados estes pagamentos e o valor a adoptar por cada instituição é que deve ser discutida. Não posso concordar com o facto de cada faculdade ter autonomia no sentido de discriminar o valor a aplicar. Esta situação levará à aplicação de valores de propinas elevados nos grandes centros urbanos, com deslocalização para a periferia de eventuais estudantes de menores recursos. Não é este o tipo de discriminação que pretendemos.

As propinas foram criadas tendo por base uma diminuição dos recursos disponíveis para a educação e não como forma de substituição do estado no desempenho das suas funções de formador do País.
Não me parece que o estado de amanhã possa ser independente da educação que hoje permite aos seus cidadãos. A colaboração estado/ensino será essencial no desenvolvimento de uma sociedade mais apta, capaz e desenvolvida.

Os estudantes apenas voltarão a ter poder negocial quando a sua independência for restabelecida. Uma visão jovem e independente será sempre a única via para sermos ouvidos.
Basta de deixar que alguns partidos políticos tornem os estudantes meros objectos de arremesso político. O futuro da lei de financiamento do ensino superior depende de todos, mas acima de tudo, depende da crítica e independência de cada um de nós.

Passo a Passo...

Obrigado por mais uma noite de glória! Força Porto, faltam apenas mais 90 minutos.

terça-feira, março 23, 2004

FCP

Força Porto, contamos contigo!

sexta-feira, março 19, 2004

Portugal mais Jovem

Por um Portugal melhor...


Talvez seja esta a frase que move muitos de nós. A procura de um futuro melhor para Portugal e para todos aqueles que nele acreditam. Ao longo dos últimos anos todos pensamos em algo que poderia ter sido feito ou melhorado, no entanto, essas nossas considerações nem sempre foram bem encaminhadas ou orientadas acabando muitas vezes sem serem discutidas e perdidas sem que ninguém as ouvisse. Estamos a perder aquilo que pode mudar Portugal, as novas ideias, as novas mentalidades e os novos talentos. Muitas vezes, estes afastam-se do país para desenvolverem as suas ideias e provarem que têm razão para apenas mais tarde serem reconhecidos e regressarem a Portugal. Estamos a perder tempo. Então porque não as valorizamos desde logo? Porque não acreditamos nas novas ideias? Porque não valorizamos os jovens portugueses em vez de os catalogar-mos de geração rasca e imatura?

"Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade"

Genoma Humano


26 De Junho de 2000
Após a conclusão do projecto de sequência do Genoma Humano, uma nova esperança surgiu. Um dia uma melhor qualidade de vida será possível para todos!
A investigação continuou e hoje ao acedermos à Internet, facilmente encontramos empresas que nos oferecem os mais diversos tipos de testes genéticos sem oferecerem qualquer tipo de garantias.
Não há qualquer tipo de controlo, cada empresa pode propor o que entende. A lei é omissa:

Quem pode fazer os testes?
Qual a idade em que se podem realizar os testes?
Quem pode aceder a esta informação?
Será legítimo as entidades empregadoras acederem a esta informação?
Poderão as companhias de seguros aceder a estes dados?

A ciência continua a sua evolução, sempre para o bem da humanidade. A forma como devemos usar a nova informação deve ser legislada para que não surjam conflitos entre evolução e discriminação.

A evolução não espera pelas leis, mas as leis devem esperar a evolução!


segunda-feira, março 15, 2004

"The show must go on"

Pós 11 de Março

A resposta possível para um futuro melhor: Não ceder ao terrorismo!
Mudar os nossos hábitos, filosofia de vida, valores democráticos e valores morais pelos quais tanto lutamos nos últimos anos, apenas levará a uma vitória do terrorismo. A resposta é a união de todos e a manutenção do dia a dia. Só assim, poderemos sair vencedores desta luta desigual.

Espanha

11 De Março


Depois do que aconteceu no passado dia 11 de Março, todas as palavras são poucas para exprimir os nossos sentimentos. A revolta e impotência que todos sentimos jamais serão esquecidas. A forma como 200 pessoas perderam a vida sem perceberem porquê, leva-nos a pensar. Talvez o Terror esteja mais próximo de cada um de nós do que alguma vez pensamos. Não quero com isto dizer que seremos o próximo alvo, mas sim que devemos estar preparados para tudo o que se possa passar um pouco por todo o Mundo e em particular na Europa.
O terror já chegou à Europa!

Após a manifestação do passado dia 12 de Março, em Espanha, e um pouco por todo o Mundo, percebemos que as situações trágicas levam à união das pessoas, sendo que em Espanha 11 milhões vieram à rua dizer basta!
Mas esta união foi fugaz e infelizmente o terrorismo conseguiu o que pretendia. Passados dois dias após o Dia Europeu Das Vítimas de Terrorismo, uma nova manifestação surgiu em Espanha, reclamando pelo “nome” dos responsáveis por tamanha carnificina. O primeiro a surgir foi a ETA, logo seguido pela tão conhecida AL-Qaeda.

Espanha vivia uma campanha eleitoral com um vencedor anunciado e o terrorismo conseguiu o que pretendia. Causar a desconfiança, a divisão, o descrédito. No fundo, usar a política para fazer esquecer tudo o que se tinha passado à dois dias atrás. O tema passou a ser: “Quem Foi?”. De um momento para o outro, 200 pessoas foram esquecidas, e criou-se a confusão, com todos a quererem tirar partido para uma melhor posição à boca das urnas. Horrível.

Será que o Governo esconde algo? Será que foi a ETA? AL-QAEDA? Em quem vou votar?
O terrorismo venceu!
Os espanhóis falharam!
O importante era: Temos de encontrar os responsáveis! Basta!

Muitas vezes criticamos a classe política, mas desta vez foi toda a população que falhou. Em minha opinião, não é importante saber quem foi, deve-se condenar todo e qualquer acto de terrorismo. Não importa se foi a AL-QAEDA ou a ETA, mas sim que foi um acto de terrorismo, cobarde e selvagem. Talvez um dia venhamos a descobrir que os autores foram bem piores do que imaginamos. Uma cooperação entre a ETA e AL-QAEDA não foi colocada de parte. Então chegaremos à conclusão de que toda a discussão foi inútil, porque eles estavam juntos. Pior, será pensar que foram cidadãos espanhóis em cooperação com outros a conseguir algo de terrível como o que aconteceu a 11 de Março.

O terrorismo venceu!
Espanha mudou de Governo. Aquele que defendia o País do terrorismo Mundial e que se colocou ao lado dos que foram afectados por este mal em Setembro de 2001 foi derrotado. Espanha elegeu aquele, que veremos no futuro, irá ou não acobardar-se e deixar o resto do Mundo a lutar sozinho, para que não lhes volte a acontecer algo de semelhante.

Vamos ver! Para já todos estamos a perder. O terrorismo está do lado de cá do Oceano e a resposta de um povo talvez tenha sido aquela que “eles” queriam. Será?

quinta-feira, março 11, 2004

Portugal mais Azul!

Portugal mais Azul!


Foram 89 minutos de sofrimento, mas penso que só para quem estava de fora. No campo, todos pareciam saber perfeitamente o que tinham a fazer sem nunca perderem o Norte.
Como dizia um amigo meu: “Eles são de lá!”

No entanto, penso que nunca é de mais dar os parabéns a uma equipa extraordinariamente jovem em que 8 dos jogadores são portugueses e apresentam uma mentalidade talvez muito diferente da portuguesa.

A capacidade de luta, entrega, vontade e querer demonstrada durante o jogo, devia estar presente em todos os portugueses. As virtudes de um jogo de futebol (porque existem!) devem ser extrapoladas para o dia a dia de cada um de nós e de uma vez por todas, deixar-mos de acreditar apenas no triste Fado que escolhemos para música da Nação.

O facto de sermos um pequeno País englobado numa grande potência como a Europa, não deve ser suficiente para nos fazer deixar de acreditar nas nossas virtudes, mas sim uma razão para as mostrar-mos a todo o Mundo, aproveitando-nos para tal do facto de estarmos na Europa.

Nem sempre é fácil impor uma mentalidade vencedora a um País, mas talvez esta deva começar por pequenos gestos de valorização pessoal, para de seguida sermos capazes de criar um “espírito de equipa” que atinja todo o País. A ideia de “Equipa” é mais um sinal de como o desporto, e em particular o futebol, tem algo de positivo.

Mas, uma Equipa apenas se comporta como tal quando há Organização, Estruturação e Planificação. Para que tal aconteça, são necessários bons Líderes, o que nem sempre é fácil de encontrar. O FCP encontrou. Um Líder, que bem ou mal, tem revolucionado a forma de estar do clube, tentando acompanhar a evolução empresarial que tem surgido no futebol nos últimos anos, não deixando de acompanhar os melhores mesmo que os meios financeiros sejam substancialmente diferentes.

Para além disso, conseguiu juntar à filosofia de querer estar entre os melhores, um Líder de grupo que transmite a todos os que o acompanham que podem ser melhores cada dia que passa, talvez não os melhores mas dos melhores. Talvez lhes tenha mostrado que a vida são 90% de esforço, trabalho e suor e 10% de talento, bem como que o esforço de todos é sempre recompensado, sendo que, a glória individual se esvanece nas capas dos jornais sem recompensa.

Parabéns Jorge Nuno Pinto da Costa!
Parabéns José Mourinho!
Parabéns Equipa!
Ou será que devo começar por dar os Parabéns à Equipa? Ou melhor, Onde será que acabam uns e começam os outros?

segunda-feira, março 08, 2004

E o Porto aqui tão perto!

6 Fevereiro de 2004, jantar de homenagem a Luís Filipe Menezes, actual Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.

Após adiamento da data inicialmente marcada para o jantar, dado o local previsto ser insuficiente para acolher todos os interessados em manifestar o seu indefectível apoio e gratidão para com Luís Filipe Menezes, foi com algum espanto e agrado que no novo local (Pavilhão Municipal de Gaia) foi não só possível juntar todos os apoiantes, bem como guardar alguns lugares para uns últimos interessados que nunca chegaram a comparecer. Talvez tenha faltado uma comitiva de apoio vinda do Porto! Manifesta incapacidade de atravessar o “Rio”? Bem! o que é certo é que as mesas para si reservadas eram várias.

De entre os muitos convidados presentes, alguns assumiram invariável destaque. A presença da Ministra das Finanças, Dra. Manuela Ferreira Leite, bem como de Pinto da Costa, Presidente do Futebol Clube do Porto, foram sem dúvida as mais notadas. E logo na mesma mesa… Será que falaram de Fugas ao Fisco? Ah! É verdade! Também lá estava o Dr. Marco António, actual presidente da distrital do PSD/Porto. Quase me esquecia tal como a comunicação social.

Após o jantar, a intervenção de Luís Filipe Menezes mostrou-se bastante emotiva, recorrendo ao lenço de mão por diversas ocasiões (não estava constipado!). Durante a sua intervenção, Luís Filipe Menezes foi de tal forma elucidativo relativamente ao trabalho realizado que convenceu todos os presentes da sua invulgar capacidade de Líder camarário, no entanto, aproveitou a oportunidade para se despedir da câmara de Vila Nova de Gaia. Para onde?

No que diz respeito à Ministra das Finanças, Dra. Manuela Ferreira Leite, a sua intervenção foi dentro do que vem dizendo nos últimos tempos, nada de novo, apenas havendo a ressalvar uma comparação infeliz das medidas por si adoptadas em prol da “cura do País” às medidas adoptadas por um médico perante o doente. Felizmente para Portugal e para os doentes a resposta e intervenção do médico é muito melhor e menos dolorosa.

Ah! Já me esquecia outra vez! O Dr. Marco António teve também oportunidade de exprimir a sua opinião perante os demais convidados, mostrando ter sido um ouvinte atento da intervenção do Dr. Luís Filipe Menezes.
Desde logo, desafiou e empenhou-se numa nova candidatura deste à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, não deixando de realçar o “magnífico” trabalho de Firmino Pereira, vereador da Câmara Municipal de Gaia e seu vice-presidente.
Será que entendeu mal o que o Dr. Luís Filipe Menezes tinha dito? Será que alguém lhe disse que era um jantar de homenagem? Ou será que a delegação que vinha do Porto, inexplicavelmente sustida pelo “Rio”, apenas enviou uma saudação por intermédio do Dr. Marco António?

Ainda houve quem dissesse que o aluno não estava ao seu nível!

Melhor Saúde?

O ensino médico em Portugal

Nos últimos tempos tem-se debatido com alguma frequência a questão do ensino médico em Portugal, sendo que na última semana surgiu uma nova proposta no sentido de se criarem novas faculdades de Medicina na Madeira e Açores, mas que apenas contemplem os primeiros anos de curso, isto é, o chamado ciclo básico, que antecede o ciclo clínico com início no 4º ano.

Se bem que seja uma ideia estruturada e com bom fundamento, parece-me que apresenta algumas falhas:

1. O problema do ensino da Medicina em Portugal coloca-se a partir do 4º ano de ensino, isto é, o ciclo clínico. A partir desta fase os assistentes da faculdade (Médicos que durante o seu horário de trabalho são responsáveis pela orientação e formação de um grupo de alunos), deixam de ser remunerados, baixando desde logo o número de assistentes disponíveis.

2. O número de alunos por assistente chega a ser de 20, o que na prática significa cerca de 20 pessoas a assistirem à consulta de um doente numa sala por vezes de 4 por 4 metros.

3. Na verdade estes 20 alunos apenas correspondem aos do 4º ano, ainda falta os alunos do 5º ano, também acompanhados pelos mesmos assistentes. Os do 6º ano, se bem que um pouco mais autónomos também dependem da orientação do tutor, bem como os recém licenciados (Internos do primeiro e segundo ano) que também carecem desta mesma orientação dos mesmos assistentes…

4. A relação aluno/assistente/doente é praticamente inexistente, o aluno carece de atenção e de prática hospitalar.

A criação de novos anos de ciclo básico apenas vai aumentar todas estas dificuldades, isto é, vamos criar um problema maior! O número de alunos nas enfermarias dos hospitais universitários vai aumentar, sem o mínimo de condições, sendo esta a razão de fundo que me leva a discordar da criação destas novas estruturas.

Para além desta situação, como podemos facilmente compreender da leitura do texto, os anos que implicam maiores gastos relativamente a docentes são os correspondentes ao ciclo básico, o que indirectamente levará a um aumento de gastos pelo Ministério da Educação, no entanto, são estes anos que necessitam de menos estruturas de apoio relativamente aos alunos, uma vez que são fundamentalmente aulas de carácter teórico, com excepção das disciplinas de Bioquímica, Histologia, Anatomia Patológica e Microbiologia.

A criação destes novos “ciclos básicos de Medicina”, não vai resolver o problema de falta de médicos, uma vez que a entrada nas enfermarias vai continuar a dar-se apenas nos hospitais ditos universitários e parece-me impossível que o número de alunos nas enfermarias possa aumentar.

O problema da falta de médicos em áreas específicas de Portugal vai continuar. Esta não é uma verdadeira deslocalização de médicos, mas apenas um aumento da centralização num futuro próximo, pois os anos finais do curso continuam nos hospitais centrais.

No entanto, penso que algumas medidas devem ser tomadas:

1. A criação de novas estruturas de apoio ao ensino médico deve ter por base instituições com capacidade de orientar a formação clínica, isto é, criar novos ciclos clínicos.
O ensino da medicina a partir do 4º ano deve ser estendido a todos os hospitais distritais do país, surgindo desde logo inúmeras vantagens, assim:

1.1. Resolução da desertificação médica no interior

Os alunos deslocalizados por força do curso apenas existir em 3 cidades, têm a possibilidade de a partir do 4º ano regressarem ao seu distrito de origem se assim o desejarem. O mais certo é este retorno. Um aluno de 22 anos, após uma experiência fora de casa provavelmente vai voltar, o que não acontece no fim do curso após ambientação a uma nova realidade e cidade, bem como a fortes laços de amizade que dificilmente serão quebrados. É preciso lembrar que a formação médica continua para além do sexto ano.

1.2. Maior profissionalismo e actualização em todo o país

O facto de haver um aluno para ensinar, promove o tutor a levar mais longe a sua investigação nas diferentes áreas de intervenção, sendo o primeiro beneficiado o doente, pois terá um nível de prática médica semelhante em todo o país, uma maior actualização e profissionalismo de todos os médicos.

1.3. Maior qualidade do ensino médico

A relação aluno/tutor/doente, sai beneficiada. O aluno deixa de ser visto como um motivo de embaraço e desconforto ou mesmo indesejável e passa a ser um contributo positivo na enfermaria e serviço, contribuindo para uma melhor formação e actualização de todos bem como um instrumento de apoio ao doente. A disponibilidade será de todos para todos.

1.4. Confiança no sistema de saúde

O facto do ensino médico ser estendido a todo o país levará a um aumento de confiança dos utentes em todos os centros hospitalares, evitando-se o que hoje acontece, em que todos procuram ajuda no hospital fora da sua área de residência. Deixa de haver a procura do hospital central onde vai poder encontrar o Professor.


1.5. Menos gastos

A criação de novos ciclos básicos levará à formação de estruturas de raiz, isto é, novas instalações, novos docentes, novos administrativos, … A criação de novos ciclos clínicos terá por base o Juramento de Hipócrates em que cada médico se compromete a ensinar o próximo sem que por isso deva ser remunerado.
O facto de haver novos alunos nos hospitais distritais num futuro próximo levará a que aquilo que hoje acontece, em que, por vezes material novo não é usado por falta de pessoal especializado, deixe de acontecer pois a formação de novo médicos nessas áreas e em contacto com o novo material poderá resolver esse problema. Deixa de haver um problema de falta de especialização na periferia.

1.6. Mais médicos

A falta de formação de novos profissionais de saúde não tem por base uma dificuldade de integração de novos alunos nos primeiros anos, mas sim em anos do ciclo clínico. A criação de novos ciclos clínicos levará a um aumento do número de vagas nas Faculdades de Medicina.

1.7. Melhor Saúde. Melhor País

É fácil compreender que uma melhor saúde para todos fará de nós um melhor país. Uma maior confiança no serviço Nacional de Saúde só por si irá melhor a condição de vida de muitos doentes que por vezes apenas o são por desconfiança nas estruturas que o acompanham.