segunda-feira, março 29, 2004

Uma ponte para o Nobel…

Estranho Mundo este em que vivemos…



Apesar de sermos um país onde tudo é possível, existem situações que não deixam de causar espanto.

Na mesma semana, descobrimos que:
1. A queda da ponte Hintze Ribeiro deveu-se ao mau tempo “causas naturais”.

2. Vivemos num Mundo em que “A democracia Ocidental está ferida de morte”.

É estranho!

Pensar que a queda da ponte se deveu a “causas naturais” deixa-me preocupado. Não sei o que pode um dia acontecer em qualquer estrada deste país!
Ao relembrar as imagens passadas nas diferentes estações televisivas, em que era visível o estado de degradação dos diferentes pilares de sustentação da ponte, fico sem perceber de quem é realmente a responsabilidade da queda da ponte… Será este um verdadeiro estado de direito democrático?

No mesmo dia, descubro que vivemos numa sociedade que tem o fim da sua democracia anunciada. Talvez sejam os “pilares desta democracia” que se encontram danificados. Na visão do mais recente Nobel português, a democracia ocidental está ferida de morte.

Depois de ver uma ponte ruir, será a vez da democracia?

Não me parece!
Se bem que o sistema democrático ocidental não seja perfeito, como o comprova o facto de ninguém ser imputável pela queda de uma ponte, num país onde todos conhecem os seus direitos, responsabilidades e obrigações. O facto de nos exprimirmos livremente não deixa de ser uma conquista da democracia. Apesar de todos os interesses económicos instalados, um pedido no sentido de todos os eleitores votarem em branco nas próximas eleições, não deixa de ser caricato. Será esta a visão de democracia que nos querem transmitir? Todos por um voto igual… Não estaremos logo aí a perder aquilo que de melhor nos trouxe a democracia: A Liberdade de escolha! A Liberdade de opinião!

Mesmo ferida de morte, somos nós que a devemos salvar. Olhando para o restante panorama internacional a Democracia Ocidental deve ser mais do que nunca um símbolo de vitalidade. Aquilo que lhe devemos pedir é uma melhor formação pessoal. Só assim todos poderemos perceber quais as melhores opções de um País para o Mundo.

«Se podes olhar, vê»